A psicóloga Susan Blackmore passou por uma experiência extra-corpórea e foi buscar nos arquivos de uma sociedade de pesquisas parapsíquicas (a Society for Psychical Research) o material para estudos…e publicou um livro com suas conclusões.
Muito li a respeito desta obra. Todos os estudiosos do assunto a recomendam em suas listas de leitura. Acho que é por ser um dos poucos livros sobre projeção astral sem misticismos a se tornar popular. O livro é de 1982.
Hoje em dia já é fácil encontrar livros sobre o assunto…mas uma das vantagens deste aqui é que foi escrito de uma perspectiva bem sóbria, cética.
O livro faz uma exposição sobre diversos acontecimentos e experimentos de projeção extra-corpórea, e coloca suas possíveis explicações.
É bem legalzinho para quem estuda o assunto, e talz…mas acho que tem uma coisa cabulosa: a pesquisadora passa o livro inteiro demonstrando casos que só podem ser explicados pela hipótese espiritualista de que “algo” ( espírito, consciência, sei-lá-o-quê ) se projeta do corpo mas conclui, de forma abrupta, de que tudo não passa de imaginação!
“Viajar pelo mundo astral pode ser um processo de explorar os conteúdos da própria memória e imaginação, restituídos à existência por um novo método de pensamento num estado especial de consciência. A representação mais mundana do mapa cognitivo pode ser vista como formando uma região inferior do astral (…)”
Bem colocado, e isso deve acontecer muito, mas antes de chegar aí, passou o livro todo demonstrando casos que só a projeção da consciência poderia explicar de forma satisfatória, deixando surpreso o leitor das páginas conclusivas. Achei muito estranho.
Outro ponto a considerar, é que a autora passou por sua experiência extra-corpórea quando estava sob o efeito de haxixe…o que nos leva à possibilidade de ter sido uma alucinação.
Como fonte de informações e um “apanhado” das pesquisas mais interessantes da Society for Psychical Research, vale a pena sim dar uma lida neste clássico.
Uma resenha bem legal do livro está no blog do Moisés Esagüi.
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