14 de novembro de 2011

Viagens fora do corpo de Robert Monroe

Este é um clássico! Um clássico da literatura parapsicológica

Faz tempo que estava atrás deste livro, e o consegui por um golpe de sorte.

Robert Monroe é um dos maiores pesquisadores de Projeção Astral, e fundou o Instituto Monroe, respeitadíssimo no assunto.

A capa do meu é esta aí da foto, edição antiga da Editora Record. Êita imagem cabulosa! hehehe Vê-se que na época – década de 70 – a Projeção Astral era vista como algo altamente místico e misterioso. O sujeito vermelhão, “saindo” do corpo. E que cara estranha que o modelo fez para a foto! Bah!

Aliás, sobre a expressão “Viagem Astral”, Monroe diz neste livro: “O vocábulo ‘astral’ possui origens apagadas em primordiais eventos místicos e de ocultismo, envolvendo feitiçaria, bruxaria, magia e outras tolices aparentes que o homem moderno encara como bobagem e superstição. Como nenhuma tentativa foi feita para revolver profundamente essa área, continuo sem saber o que significa a palavra ‘astral’. Logo, prefiro ater-me às usadas ‘segundo corpo’ e ‘segundo estado’.”

Monroe relata causos muito interessantes, de experiências próprias. Chama o “plano astral” de Local II:

“A melhor apresentação do Local II é sugerir uma sala com um cartaz acima da porta dizendo: ‘por favor, verifique todos os conceitos sobre o físico aqui’. Se acostumar-se à ideia de um Segundo Corpo foi experiência árdua, o Local II poderá ser mais difícil de aceitar. Certamente produzirá efeitos emocionais à medida que avulte diante daquilo que sempre aceitamos como realidade. E o que é mais: muitas de nossas doutrinas religiosas e suas interpretações tornam-se abertas ao questionamento.”

Um detalhe interessante é que Monroe fala sobre o EV, o famoso Estado Vibracional:

“Quando você conquistar o estado vibratório, haverá diretrizes definidas para seguir. A utilização desse estado sob controle consciente é o objetivo que você almeja. (…)”

Um trecho deste ótimo livro:

“Vamos presumir, então, que o homem sofisticado realizará uma séria pesquisa quanto ao segundo corpo. Um a um, outros aprenderão a técnica, e a verdade se tornará generalizadamente aceita. E daí?

Primeiro, o homem ficará liberto de toda incerteza do seu relacionamento com Deus. Sua posição relativa à natureza e ao universo se tornará uma cultura inequívoca. Saberá, em vez de apenas acreditar, se a morte é uma passagem ou o final de tudo. Com tal conhecimento e experiência geral será impossível o conflito religioso. Muito provavelmente protestantes, judeus, hindus, budistas, católicos etc. continuarão mantendo muito de sua individualidade, sabendo que cada um tem sua colocação no Local II. Entretanto, cada qual irá enfim entender como isso é possível, e que há infinitas variações no espectro. Cada um justificará dizendo:

‘Era isso que a gente estava querendo explicar o tempo todo’.

Podem ser redescobertas as técnicas da prece. O conhecimento mais do que a crença, poderá alterar vitalmente o procedimento diante do altar. Então o homem seguiria sistematicamente com sua preparação para a vida no Local II com base sólida, livre da interpretação errônea das visões distorcidas e sofridas subjetivamente, e/ou observadas por fanáticos ignorantes de muitos séculos atrás. Em o fazendo o homem poderá ter de encarar fatos um tanto desagradáveis. Os conceitos tradicionais de bom e mau, certo e errado ficarão sem dúvida sujeitos a uma radical redefinição. A verdade poderá realmente ferir durante mais de uma geração.

(…) O âmbito do Local II parece sem limites. Nas condições encontradas até agora parece não haver formas de medir ou calcular a amplitude de profundeza desse estranho lugar que me é familiar. O movimento de seção para seção é instantâneo, rápido demais para permitir quaisquer estimativas, ou para observar posições especiais relativas de uma área para outra. Pelo que se pode presumir não há relacionamento conectivo entre os lugares do Local II e este universo físico: podem ou não coincidir, lugar com lugar. Certamente esse reino não material não tem como centro a Terra em que vivemos. Antes pareceria que uma porção muito pequena envolve nosso mundo físico, formando assim nosso ‘porto de entrada’.”

Ler este livro é conhecer o início da carreira de um grande pesquisador do assunto, e Monroe consegue escrever com tamanha clareza e objetividade que não deixa mal-entendidos: as situações são bem compreendidas e os pontos de vista do autor são inteligentes.

Livro maravilhoso. A must have!

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